terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Troll
Os trolls são criaturas antropomórficas do folclore escandinavo. Eles vivem em grandes unidades familiares com um rei e uma rainha supervisionando a área de cada grupo. Eles podem apresentar na forma de gigantes horrendos e diabólicos ou como pequenas criaturas, medindo em torno de noventa centímetros de altura. Geralmente vivem em cavernas, grutas subterrâneas ou nas proximidades de ruínas de castelos.
Na antiga Suécia, "trolleri" era um tipo particular de magia que provocava o mal. Mas, os termos escandinavos como "trolldom (bruxaria) e trolla/trylle (r ealizar truques de magia) não implicam relação alguma com os seres mitológicos. Mas, segundo fontes da mitologia escandinava, Troll pode significar qualquer ser estranho, incluindo, porém não limitando os gigantes nórdicos (Jotun).
O ambíguo significado original da palavra troll parece ter sobrevivido algum tempo depois que a antiga literatura escandinava foi documentada. Isso pode observar-se em termos tais como "siötrollet" (troll do mar), sinonimo de havsmannen (homem do mar), um espírito protetor do mar e espécie equivalente masculino da sjörå (huldra). Na Escandinávia há muitos lugares chamados em honra aos trolls, como a cidade Sueca de Trolhättan (capuz de troll) e a legendária montanha Trolkyrka (igreja de troll). Gradualmente se pode discernir a formação de duas tradições principais sobre o uso de troll. Na primeira, o troll é um descendente directo dos jötnar escandinavos, grande e bruto. Ele é descrito como muito feio e com características de animais apresentando presas e olhos ciclópeos. Essa é a tradição que chegou a dominar contos de fadas e lendas e é também o conceito predominante de troll na Noruega. Com regra geral, o que seria chamado de um "troll" na Noruega seria na Dinamarca e na Suécia um "gigante" (jætte o jätte, derivado de jötunn).
O bergtroll (troll da montanha), segundo a tradição, é o troll que reside embaixo da terra e é muito parecido com os humanos. Uma maneira de reconhecê-lo é fixa-se no que veste: as mulheres trolls aparecem sempre com roupas muito elegantes para ser mulheres humanas que se movem com frequência pelo bosque. No entanto, na maioria das vezes, os trolls se mantêm invisíveis e assim podem viajar sobre os ventos, como no caso do troll de vento Ysätters-Kajsa ou fixar-se nos lares humanos. Eles também ficaram muito conhecidos pela habilidade de trocar de forma, adotando o aspecto de troncos caído ou animais como gatos e cães.
Enquanto que os trolls gigantes ou ogros aparecem quase sempre como seres solitários, acredita-se que os trolls menores são seres sociáveis que vivem juntos, como os humanos, porém no bosque. Criavam animais, cozinhavam e forneavam pão, eram excelentes artesãos e celebravam grandes banquetes. Como muitas outras espécies do folclore escandinavo, se dizia que viviam em complexos subterrâneos, acessíveis desde entradas embaixo de grandes extremidades angulares rodeadas de bosques ou montanhas. Tais extremidades podiam estar erigidas sobre pilares de ouro. Em suas moradas, os trolls acumulam ouro e tesouros.
Havia muita discrepância se os trolls eram basicamente malvados ou não, mas na maioria das vezes tratavam as pessoas do mesmo como eram tratados. No entanto, podiam causar muito mal quando se tornavam vingativos. Também eram grandes ladrões e gostavam de roubar comida dos camponeses. As vezes raptavam pessoas para torná-los escravos ou prisioneiros. Essas pobres almas eram conhecidas como bergtagna (levados à montanha ou tomados pela montanha) que também é a palavra escandinava para "levar-se por arte de magia". Estar "bergtagen" não só se referia ao desaparecimento de uma pessoa, mas também a que trás seu retorno, ficava afetado por loucura ou apatia provocada pelos trolls..
Como outras criaturas do folclore escandinavo, também temiam o ferro. Eles foram perseguidos pelo deus Thor que jogava seus martelos como raios para matá-los.
Em nenhum outro país da Escandinávia, os trolls formam parte tão importante da cultura e tradição narrativa como na Noruega. O trolls são de suma importância para o folclore e estão presentes em todos os contos de fadas. Mas, porque particularmente na Noruega existem várias explicações. Em uma Europa super-populosa, a Noruega segue sendo o reino da natureza. Na profundidade de seus bosques, o silêncio permanece desde mil anos atrás. Ali dentro, a vida moderna não conseguiu penetrar. Em seu silêncio, deixa bastante desconfortável o homem moderno, que vive contando sua vida em horas e minutos. Já o bosque, canta seu hino eterno. Uma árvore pode cair e perecer quando derrubada pelo vento, mas logo surgirão novo brotos e novas árvores. A repetição é inevitável, as estações vão e vem, verão e inverno, primavera e outono. A eternidade prevalece.
São nestes bosques que vivem o troll norueguês, como espírito da natureza. Não é veloz como o fauno grego, que corre pelas colinas nuas e desoladas É pesado, escuro e enorme. Todo norueguês sabe como se parece um troll do bosque, ou o troll de três cabeças, que faz prisioneira a princesa da Montanha Azul. Mas também podem trocar de forma e adotarem a forma de pequenos homens selvagens. Nas ilhas de Shetland e Orcadas recebem o nome de Ladrões Nocturnos ou Predadores da Noite, pois só saem à noite para entrar nas casas quando as pessoas dormem. Gostam de se aquecer no fogo e se ofendem se encontram uma porta fechada que os impeça de entrar.
Vivem dentro de antigos túmulos funerários ou em grutas, onde guardam ouro, prata e pedras preciosas. Ali celebram suas grandes festas e gostam de música e dança. Essas festas são celebradas nos solstícios de verão e inverno, quando saem de seus túmulos e se pode vê-los interpretando uma dança descompassada de inclinações e saltos chamada "henking".
Os trolls seqüestram as crianças humanas e deixam no lugar pequenos seres de aparência enferma, chamados "trowies'. Um pescador viu certa vez, um troll a caminho da casa de seu cunhado, onde sua irmã estava dando à luz. Compreendeu que estava indo roubar o novo bebê. Correu até a porta e a fechou com a chave de ferro. O troll, enfurecido, o enfeitiçou, privando-lhe dos movimentos. Permaneceu naquela posição até que passou por ali uma anciã que o benzeu, retirando-lhe a maldição.
Os trolls eram originalmente considerados seres malévolos e implacáveis inimigos dos seres humanos. Roubavam qualquer viajante que se atrevesse á ingressar em seus domínios. Enormes, de pele dura e quase indestrutíveis, possuíam um defeito: se fossem capturados em pleno sol se convertiam em pedra ou estalavam. No folclore posterior, os trolls eram menos impressionantes e malignos. Cometiam atos de malícia, como roubar as viandas das moças que cruzavam seu caminho, e também tinham poderes mágicos tais como a profecia e metamorfoses. Nas populares histórias dos Mumin, de Tove Jansson, estão metamorfoseados em criaturas benignas que vivem em uma arcadia rural.
Muito antes da chegada do homem, se diz que a Islândia era povoada por trolls, duendes, anões e outros tipos de seres elementais. Assim que não é de surpreender que essas criaturas eram os sonhos da recordação ancestral. As pedras são o lar dos duendes e trolls, e a Islândia está cheia de rochas.
Os trolls islandeses não são lindos nem pequenos, são ao contrário, grandes, feios e maliciosos. Um pouco mais altos que os homens mais altos, porém maiores em outros aspectos. Usam jaquetas longas até os pés na frente, porém curtas atrás. Suas esposas são particularmente más. Gryla é um exemplo, uma grande e particularmente odiosa troll. Gryla foi usada para assustar e disciplinar as crianças islandesas desde os tempos imemoriais. Ela vivia na Islândia nos tempos antigos, na época em que as mães vigiavam cuidadosamente aos seus filhos, e até os homens não se descuidavam depois do anoitecer.
Porém, todas as coisas boas tem seu final, assim foi com Gryla. Um dia o bispo Gudmund Arason quis liberar a seu bispado dos duendes, anões, trolls e outros. Começou a benzer e santificar e todas as pedras de sua paróquia, onde suspeitava que eles se encontrassem. Com salmos, missas e incenso conseguiu retirar todos os que estavam escondidos até que foi aos riscos de Drangey. Ali uma voz surgiu da rocha e disse;
-"Não benzas mais bispo, nós necessitamos de um lugar para viver".
O bispo actuou sensatamente deixando-os em paz e actualmente os visitantes evitam esse local em particular.
Segundo a lenda, os primeiros a ter contacto com os trolls foram os vikings e se acostumaram a conviver com eles, inclusive até nos dias actuais é costume colocar-lhes um pratinho com aveia no bosque na noite de Natal.Fonte:portugalparanormal.com
magem que representa o jargão:
"Não alimente os trolls em inglês Don't Feed the Troll".
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